Sim, Advogada! Eu sou apaixonada pela minha profissão!

Sim, Advogada!

Por Lorena Torres

Ao escrever este texto a primeira coisa que me vem à mente é o dia em que descobri que havia sido aprovada no vestibular para Direito…lembro-me da dúvida entre cursar referida faculdade ou estudar mais um ano para tentar vestibular para medicina.

Pois, então, decido cursar Direito!

Ah, lembro-me então de todo o caminho que percorri para chegar até aqui. Caminho que todos acadêmicos percorrem, cada um a seu modo, até chegar à inevitável linha de chegada ou, no caso, ao bacharelado em Direito, para então se buscar a tão sonhada “carteirinha vermelha” por meio da aprovação no exame de ordem!

Lembro que logo quando iniciei o curso de Direito, no caminhar do primeiro ano, comecei a formar expectativas e estabelecer sonhos sobre qual caminho seguir…

Magistratura ou Promotoria ou Defensoria….

Porém, limitei-me a ingressar no quadro de pessoal do Estado inicialmente como Técnica em Gestão Pública na SGA e posteriormente na Polícia Civil como escrivã!

(Sem falar nas oportunidades que me foram dadas para exercer cargo de confiança como assistente jurídica)

Paguei para ver o que não era pra ser! Foi quando tomei a sábia decisão de pedir exoneração da Polícia Civil! Mal sabia eu que estava tomando a melhor decisão de toda a minha vida.

Bastaram alguns poucos meses para ter a certeza de que estava no lugar certo, exatamente onde deveria estar: na ADVOCACIA. Agora, vivendo e respirando há 3 anos só a advocacia, mais do que nunca eu sinto que pertenço a esse lugar.

Sabe…Quando penso sobre essa “escolha”, percebo que não foi verdadeiramente algo que eu escolhi ou um caminho pelo qual optei. É quase como se eu tivesse sido escolhida. É claro que indiretamente não deixa de ser dessa forma, mas a grande verdade é que o ingresso na faculdade de Direito em decorrência da reprovação pra medicina, apenas revelou aquilo que Deus também queria pra mim!

Com o perdão do clichê, eu nasci para isso e não sou capaz de me imaginar fazendo qualquer outra coisa.

E isso me leva ao ponto central do texto, que é justamente a carreira de advogada! Lá no início, parecia algo muito distante. Não sonhado. Depois, tornou-se a salvação, e por fim, tornou-se a realização!

E digo isso por inúmeras razões, pois afinal de contas quando esse pensamento de ser advogada surgiu pela primeira vez eu estava frustrada num concurso público que não me trazia paz, segurança e felicidade!

Fato é que tudo isso passou com minha determinação, foco e certeza de onde queria chegar…. mas, sobretudo, com a benção de Deus! Cá estou eu, advogando e sendo feliz!

Mas, como nem tudo são flores, ser advogada de alguém é uma tremenda responsabilidade, pois não raras vezes aquele processo ou inquérito no qual você representa os interesses da pessoa pode significar tudo para ela, de modo que embora a obrigação seja de meio, e não de resultado, esse “meio” tem que ser desempenhado com excelência.

É por isso que, assim como as demais carreiras jurídicas, ser advogada é acima de tudo uma questão de vocação. Não se trata de um trabalho comum, no qual você cumpre o chamado “horário comercial” de segunda a sexta, bate o cartão de ponto e vai para casa, deixando o trabalho para trás e só voltando a pensar nele no dia seguinte.

Ser advogada é estar disposta, disponível; é se entregar verdadeiramente àquilo que faz, de corpo e alma, pois aquelas folhas de papel representam a vida de um ser humano, de alguém que depende de você, alguém que muitas vezes tem você como a última — ou até mesmo única — esperança.

Por isso, não é demais dizer que a advogada, além de representante dos interesses do cliente, com frequência tem de ser sua companheira, conselheira, amiga, confidente e, por que não, psicóloga, mas com a missão quase impossível de não perder a objetividade e não se deixar envolver emocionalmente a ponto de prejudicar o trabalho a ser desempenhado.

Advogar é ter consciência da sua própria capacidade de transformar o mundo ao seu redor, é saber que, em razão do seu trabalho, as vidas das pessoas podem ser modificadas, para melhor ou pior. É saber que com um único Habeas Corpus, por exemplo, é possível restituir a liberdade de alguém cuja prisão fora decretada ilegalmente. E não há sensação melhor do que ganhar sua primeira causa!

É por tudo isso e muito mais que ser advogada é incrível. Para quem pensa em seguir a profissão, vá em frente, estude, se prepare, encare e corra atrás. Não é um caminho fácil, e, de fato, ninguém disse que seria, mas posso garantir que é absolutamente gratificante.

Como li certa vez em algum lugar: “A lei se trabalha com a razão, mas a advocacia se exerce com paixão.”

Eu sou apaixonada pela minha profissão!

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