“Ou a prefeita prova que comprou os kits escolares ou continuará passando por mentirosa”, diz vereador
Por Gina Menezes
O líder do MDB na Câmara de Vereadores de Rio Branco, João Marcos Luz, usou a tribuna da casa na manhã de terça-feira (12) para afirmar que a prefeita de Rio Branco, Socorro Neri (PSB), faz falsa propaganda e mente descaradamente sobre a suposta compra de kits escolares para serem distribuídos a alunos da rede municipal de educação.
O vereador afirmou que esteve em visita a algumas escolas e que comprovou que estão sendo distribuídas listas de materiais para serem comprados pelos pais e frisou, ainda, que realizou pesquisa no Portal de Transparência do Município e não achou qualquer vestígio de licitação ou compra dos referidos materiais.
João Marcos afirma que a prefeita utiliza notas para propagar a mentira da compra dos referidos materiais.
“Tudo que a prefeita faz é mentir e divulgar notas. Não há provas e sequer vestígios da compra dos tais kits. Eu procurei no Portal Transparência e não achei nada de tal compra, nem registro de preço, nota fiscal, nada. Estive nas escolas e não houve essa entrega. Creio que o material que tinha ela levou com ela para mostrar para a imprensa. O que vi foi listas sendo entregues a pais desesperados sem saber como comprar tais materiais”, diz.
O líder da prefeita na Câmara, Rodrigo Forneck (PT), negou que a prefeita tenha mentido e afirmou que nos próximos dias os matérias serão entregues aos alunos.
Socorro Neri publica foto afirmando que comprou os kits, mas até agora os alunos não receberam o material/Foto: Secom
Versão da prefeita
A prefeita Socorro Neri usou as redes sociais para se defender e garantir que os materiais serão distribuídos, mesmo com o ano letivo em andamento e as crianças sem materiais em sala de aula.
Confira a nota publicada por Socorro Neri:
“1 – Os pais dos estudantes receberam lista para a compra de material escolar, como vinha ocorrendo nos últimos anos.
2 – A lista já havia sido entregue aos pais quando, na segunda quinzena de janeiro, após a posse do secretário Moisés Diniz constatamos que, com a economia que faríamos esse ano retornando para a sala de aula professores que estavam no Estado ou outras secretarias, seria possível adquirir o material.
3 – De lá para cá foi preciso realizar o processo licitatório e aguardar a chegada do material adquirido pelo vencedor em outras praças, dado o quantitativo.
Uns dias a mais ou a menos NÃO causam prejuízos. O importante é que o esforço da gestão está tornando possível cumprir esse dever de casa”.