Vamos começar o dia falando sobre adoção tardia??
Considera-se tardia a adoção de crianças com mais de 24 meses que já tenham uma percepção maior de si, do outro e do mundo!
A maioria dos casais pretendentes buscam bebês recém-nascidos para a adoção, enquanto que as crianças maiores vão sendo deixadas de lado.
Infelizmente, isso acontece em razão da crença de que uma criança mais velha que não passou seus primeiros anos com a família substitua, não vai conseguir estabelecer uma relação de amor com os pais adotivos por sua bagagem emocional negativa provocada pelo abandono ser maior!
A questão é: o medo da história que a criança traz consigo, dos traumas que já sofreu, medo pela dificuldade na educação pelos maus hábitos já adquiridos pelas influências provocadas pelo ambiente de origem, lembranças da família, então há o temor pelo que a criança pode trazer no seu psíquico, medo que ela venha problemática!
Pare com preconceito!
Preconceito é uma opinião desfavorável que não é baseada em dados objetivos, mas que é baseada unicamente em um sentimento hostil motivado por hábitos de julgamento ou generalizações apressadas!
A adoção tardia deve ser vista como uma nova oportunidade para que crianças e adolescentes encontrem uma nova família e criem com esta um vínculo e desenvolvam amor junto, ainda que construídos pouco a pouco. Afinal, a melhor maneira de tornar as crianças boas é torná-las felizes!!!
Precisamos estabelecer uma nova cultura de adoção no país, pautada na consciência de dar uma família para uma criança que precisa, SEM TRAZER MITOS E CRENÇAS!
Afinal, existe regra para amar?? O amor não precisa de regras, restrições ou teorias de como deve ser… Só de sentimentos e entrega plena!
Lorena Torres
Advogada
Presidente da Comissão Nacional da Adoção pela Associação Brasileira de Advogados no Acre